Projetos em negociação
Netflix e Spotify estão discutindo uma possível colaboração inédita. Segundo informações do Wall Street Journal, as gigantes do streaming avaliam unir forças em uma série de projetos centrados em música. As propostas incluem premiações musicais, séries de shows ao vivo e entrevistas com artistas. Além dessas produções de maior fôlego, a Netflix também estuda lançar documentários de curta duração para manter o engajamento constante do público.
A motivação principal das empresas seria ampliar sua audiência, reforçar a competitividade no mercado e aumentar o número de assinantes. Ainda que nenhum dos lados tenha confirmado oficialmente a parceria, ela faz sentido. O portal Music Ally lembra que Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, faz parte do conselho administrativo da Spotify. Além disso, as duas empresas já colaboraram anteriormente, como em playlists e podcasts em 2019.
O interesse da Netflix
A Netflix voltou a investir em conteúdos ligados à música. A empresa planeja reviver o antigo programa de talentos norte-americano Star Search e prepara a estreia do reality musical Building the Band.
A inclusão de programas musicais não roteirizados, como concertos e premiações, pode impulsionar conversas nas redes sociais, fortalecer a cultura de fãs e atrair públicos que buscam conteúdos em tempo real. Essa estratégia também ajuda a Netflix a competir com outras plataformas de streaming e com a programação da TV tradicional, que já oferecem atrações semelhantes.
A estratégia da Spotify
Por parte da Spotify, a negociação reforça os esforços da plataforma para diversificar seu conteúdo com vídeos. Nos últimos anos, a empresa tem expandido sua oferta audiovisual tanto na música quanto nos podcasts.
Em 2023, a plataforma lançou em fase beta a função de clipes musicais, recurso já consolidado em concorrentes como YouTube Music e Apple Music. Mais recentemente, ofereceu incentivos financeiros para que criadores de podcasts publiquem seus conteúdos exclusivamente na plataforma, além de lançar a série em vídeo The Come Up: Center Stage, com foco em novos talentos da música.
Cancelamentos geram revolta entre fãs da Netflix
Enquanto novas parcerias são estudadas, a Netflix enfrentou críticas de assinantes por cancelar três séries recentes após apenas uma temporada. As produções The Residence, Pulse e No Good Deed foram oficialmente encerradas, o que causou revolta nas redes sociais.
Usuários do X (antigo Twitter) expressaram frustração. “#TheResidence foi cancelada pela @netflix mesmo sendo um sucesso e adorada pelos fãs de mistério. Isso é realmente triste, pois quase não há boas séries desse tipo”, escreveu um deles. Outro comentou: “Netflix cancelou #Pulse e #TheResidence após uma temporada. Também colocou #NoGoodDeed em pausa indefinida. A série pode voltar com novo elenco, mas nada está definido.”
Conhecida por cancelar séries que não atingem seus altos padrões de audiência, a Netflix já gerou polêmica anteriormente com decisões semelhantes envolvendo títulos como Mindhunter, The OA e Sense8.
Embora Pulse e No Good Deed tenham recebido avaliações mistas, The Residence foi bem acolhida pela crítica, com 85% de aprovação no Rotten Tomatoes. A trama gira em torno de um misterioso assassinato na Casa Branca, com a presença de 132 cômodos, 157 suspeitos, um jantar de gala desastroso e uma detetive excêntrica.
Uzo Aduba e sua conexão com o papel
A atriz Uzo Aduba, protagonista de The Residence, ainda não comentou publicamente sobre o cancelamento da série. No entanto, ela segue ativa nas redes sociais, onde recentemente compartilhou sua rotina de treinos: “Aprendo muito com a comunidade fitness que me cerca. Tenho muita sorte de frequentar uma academia que me incentiva, apoia e me ouve. Vamos em frente, equipe, estamos juntos.”
Em entrevista anterior ao The Hollywood Reporter, Aduba demonstrou entusiasmo com sua personagem Cordelia Cupp: “O que mais me chamou atenção foi o ritmo do roteiro. Tinha uma cadência maravilhosa. E o mais interessante sobre Cordelia é que eu conseguia ouvir sua voz imediatamente. A maneira como ela pensa, processa as informações… Me senti inspirada por essa voz deliberada e intencional.”
